De Mãe para Recém-Mãe


Oi, Meninas Lindas!!! Hoje é dia de Maternidade! :-)

Estava pesquisando e me deparei com este texto perfeitooooo!!! É uma carta de uma mãe para uma amiga que ganhou bebê a pouco. Vale a pena ler. É lindo!

Transcrevi do original, ok?

"(...) sabe, a chegada de um filho é uma transformação imensa na vida. do primeiro filho, especialmente. durante a gravidez, a gente imagina mas não dimensiona totalmente como a nossa vida vai mudar quando aquela pessoinha chegar do lado de fora.  aí o bebê chega, e tudo vira de ponta cabeça. a gente já não é mais o centro das atenções como era qdo o bebê estava do lado de dentro, a gente tem saudades da barriga e da plenitude da gravidez, que é um momento que a gente se sente tão inteira, e o cansaço vem com tudo, o bebê acorda e acorda e acorda, e a gente tem vontade de gritar de cansaço e se culpa porque afinal de contas como pode não ser 100% feliz com aquele bebê lindo saudável gostoso tudibom ali do lado né? mas é flor, é assim. somos humanas, somos contraditórias e cabe tudo dentro do peito. às vezes é assim mesmo, tudo ao mesmo tempo agora. 


eu me lembro que qdo as meninas eram pitiquinhas muitas vezes eu me fechei no banheiro e chorei, chorei de lavar a alma, de soluçar. chorei porque tinha saudades de dormir a noite inteira, porque queria ser dona da minha vida de novo e escolher que hora ia comer e tomar banho sem ouvir um chorinho do lado de fora, chorei porque me sentia uma porcaria de mãe por estar chorando qdo devia estar cheirando e curtindo minhas bebês. chorei sem nem saber porque. eu acho q esse sentimento é legítimo, é intenso, e a gente tem o direito de viver.


ter um filho, acolhê-lo nesse mundo, é uma transformação. e transformação dói, pq pra se transformar a gente precisa deixar-se morrer um pouquinho. uma pessoa que você foi está morrendo pra dar lugar a uma nova pessoa que está chegando. e você tem todo o direito de chorar a perda dessa pessoa. mas não se esqueça que a nova que está vindo aí será sem dúvidas uma pessoa mais forte, mais apaixonada pela vida, mais consciente, mais safa, mais segura, mais entregue, mais determinada e mais um montão de coisas que os filhotes trazem de presente pra gente quando chegam ao mundo. 
crescer dói, flor. e a gente cresce um bocado quando vira mãe. e dói, mas é bom. porque é como se a gente crescesse pra ser um pouquinho mais do que a gente pode ser, entende? é como se os filhos alargassem os nossos horizontes, fizessem a gente descobrir um tanto de coisas que a gente pode, que a gente é, e nem sabia. eles fazem a gente melhor. porque quando eles estão aí, a gente quer ser pra eles tudo o que puder ser, pq eles merecem isso e muito mais.

e sabe de uma coisa? eles crescem. tão rápido, tão. esses primeiros dias são tão cheios de transformação que às vezes a gente se sente meio esmagada, pensando que nunca mais vai ter a vida de volta, que nunca mais vai ter um tempo pra ser só a gente mesmo, sem ser mãe. dá um desespero inconfesso lá no fundo do peito de pensar que aquele serzinho vai ser sempre tão dependente, tão grudado, tão precisado da gente pra tudo. e a gente, onde fica? mas a gente redescobre o nosso espaço, isso vem com o tempo. eles crescem tão rápido, muito mais rápido do que a gente está preparado para aceitar. quando a gente menos espera, aquele bebezinho que só chorava e mamava e tantas vezes não aceitava outro colo que não o nosso cria outros laços, descobre o mundo do lado de fora, quer explorar, desvendar. e aí a gente fica do lado de cá com o tempo embrulhadinho pra presente, pra fazer o que quiser com ele. então vem o aprendizado de novo, a gente saber voltar a ser só a gente. 

a vida dos pequenos é feita de fases. umas são mais exigentes e a gente leva mais tempo pra se acostumar. outras a gente se adapta rapidinho. mas o melhor de tudo é que todas elas dão uma saudade imensa quando a gente olha pra trás.
eu sei que nesse começo a roda-viva é tanta que a gente sente mesmo como se eles sugassem a gente todinho, sem deixar nada. e eles sugam, mesmo. mas devolvem depois. uma imensidão de alegria e aprendizado e colorido que nem que a gente quisesse dava pra retribuir. 

chora, flor. chora tudo o que quiser, pede abraço, pede colo, pede ajuda. tudo isso é direito teu. teu e dela, porque vocês vão passar por isso juntas. e tudo isso vai fazer parte do caminho lindo que vocês estão começando a caminhar, de mãos dadas.
e vai te acostumando com esse aperto no peito, insistente, porque é assim: a gente ama tanto que dói. e vai doer pra vida inteira, mas é uma dor boa. é uma dor de vida, de amar por inteiro. é dor de inteireza."


Quando eu li me emocionei muito! Espero que vocês tenham gostado tanto quanto eu. Ah, e eu ainda não sou mãe nem estou grávida, tá? :-)


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14 Comentários
  • Camy
    Camy fevereiro 14, 2013

    Que lindo! Li até o final e me emocionei também. Acredito que seja bem deste jeito que as recém-mães se sentem.

    Beijo, Luh <3

    garotasemcliches.blogspot.com.br

    • Luh Dantas
      Luh Dantas fevereiro 14, 2013

      Pois, Camylla... Eu fiquei até assim quando li. rsrsrsrs... Imaginei que em breve (se Deus quiser) vou sentir tudo isso!!! kkkkkkkkk... E parando para pensar direitinho, creio que a gente sente mesmo tudo que tem no texto.
      Beijinhos, minha Linda!

  • Claudio Chamun
    Claudio Chamun fevereiro 14, 2013

    O texto é bonito mesmo.

    • Luh Dantas
      Luh Dantas fevereiro 14, 2013

      Muito obrigada por ter lido, Claudio! :-)
      Abraço!

  • Resumindo Questões
    Resumindo Questões fevereiro 14, 2013

    AMEI....muito bom o texto! Não sou mãe, ainda. Mas acredito ser assim mesmo! Bjão

    • Luh Dantas
      Luh Dantas fevereiro 14, 2013

      hehehe... Também acho que seja assim, Thati, um misto de sensações e sentimentos dentro da gente.
      Xerinho, Flor!

  • Juliana Rabelo
    Juliana Rabelo fevereiro 14, 2013

    Ual! Que linda essa carta!!! Recebi o email, e quando sobrar um tempinho vou colocar o tutorial em prática. Muito obrigada pela ajuda!!!!

    http://juhhrabelo.blogspot.com.br/

    • Luh Dantas
      Luh Dantas fevereiro 14, 2013

      Que bom que gostou, Juhh! :-)
      Espero que entenda o que mandei por e-mail. kkkkk... Se não entender explico de novo, viu?
      Xerinho, Linda!!!

  • LUANA ANDRADE
    LUANA ANDRADE fevereiro 14, 2013

    Muito bom o texto! Que menina que nunca sonhou em ser mãe? *-*

    Beijos!
    http://www.paaradateen.com

    • Luh Dantas
      Luh Dantas fevereiro 14, 2013

      É verdade... Acho que todas já sonharam! :-)
      Beijinhos, Luana!

  • Lucimar da Silva Moreira
    Lucimar da Silva Moreira fevereiro 14, 2013

    Deusa que maravilha de texto, muito lindo, ler textos assim é sempre gratificante, aprendemos muitos com as experiêcias de outras pessoas. Deusa beijos linda.
    Links:
    Estrela da Manhã
    Lucimar Virtual
    Divulgue seu blog no Face

    • Luh Dantas
      Luh Dantas fevereiro 14, 2013

      É verdade, Lucimar. Eu me encantei com o texto. Acho que a gente passa mesmo por este misto de sentimentos dentro da gente e é bom saber como vai ser. Por isso quando eu li, eu decidi que tinha que compartilhar!
      Beijinhosssssssss...

  • thrh
    thrh fevereiro 14, 2013

    ai lú nao sou mae mas achei lindo tambem
    ushaushuahsuahsauh
    (eu sempre rindo há quem diga que eu dou risada do vento)
    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    (mas quando fico séria santo pai)
    enfim tenho medo desse tempo
    seiq ue vai chegar
    mas tenho muito medo mesmo
    desde nova tenho medo
    nao estou dizendo que nao quero
    mas tenho medo de passar e nao saber lidar sei lá
    enfim vamo deixar pra descobrir bem no futuro ou daqui a 8 anos
    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

    radiopires.blogspot.com

    • Luh Dantas
      Luh Dantas fevereiro 15, 2013

      rsrsrsrsrs... Somos duas: tanto em relação em dar risada com TUDO ("Olha o chão!" kkkkkkkkkkk... Já tou rindo), quanto ao medo. Apesar de eu querer muitoooooo ser mãe tenho medo. Medo de não saber criar, de não dizer "não", estas coisas. Mas vou enfrentar isso, se Deus quiser ano que vem! Quero muito ficar grávida este ano, se Deus quiser!

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